sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SIM E NÃO

Nada como começar um texto inspirada no título de uma música do Nando Reis.


Abordarei neste post sobre a difícil arte de dizer “Não”.

Vou confessar uma falha minha: sempre tive dificuldade em dizer “não”. E por mais uma vez menciono meu pai, que sempre me alertou quanto a isto.“Diga não para as pessoas, demonstre personalidade...”


A questão é: Tenho medo de magoá-las. Quer dizer, sempre tive. Agora, não mais... sim, sempre temos um “pé atrás”, mas posso afirmar que neste quesito já passei para a próxima fase.

Aprendi que para estar de bem comigo não devemos “agradar”. Este é o primeiro passo para irmos ao fracasso.

Além do mais, dizer “Sim” nem sempre é a melhor escolha. Ficamos depois de mau-humor, rancorosos, nos perguntando o porque de não termos dito o que queríamos. As pessoas não são assim conosco, então porque sermos cheios de dedos com elas? Serão elas merecedoras desta consideração? Seguramente não são todas.

Mais uma vez citarei meu pai, que diz “Melhor ficar vermelho na hora do que amarelo pro resto da vida”. E isto é mais do que a verdade. Quantas vezes nos seguramos para não despejarmos tudo o que estamos pensando, e depois ficamos remoendo o assunto, mal dormimos, ficamos de cara feia o dia inteiro, nos arrependemos...e a pessoa nem sabe o que se passa. Pra que isto?

Claro, devemos ter certa dose do remedinho “semancol”. Mas, se me permitem um exemplo, digamos que uma pessoa te peça algo que você não quer fazer. Se você diz sim para esta pessoa, estará dizendo não para você. Concorda? Você estará negando a sua vontade. Pra que isto? Para agradar? Fazer isto para que? Acha que vão te respeitar mais, que você vai se tornar mais agradável? Hmm...boa justificativa. Mas posso responder? NÃÃÃO. Se estas pessoas abusam de você, isso significa que elas te respeitam?? Você sente necessidade de ser aceito por estas pessoas? Hellooooo, eles ABUSAM !

Eu mesma já fiz tantas vezes isto que me irrito só de lembrar. Agora, em determinadas situações, testo meu “não”. Mesmo que eu pudesse fazer...é NÃO. Não interpretem isto como uma pessoa de má vontade, é que estou apenas “ME” testando. Sabe, é legal dizer NÃO. Mais legal ainda é ver a cara das pessoas ao ver você negar algo! (tudo bem, podem me internar)

Falar um NÃO na hora certa dá forças ao nosso próprio ego. Parece que dá uma força tremenda, me sinto inchada, envaidecida... hahahaha. O que importa é dizer do dia em que disse o primeiro não: foi libertador. Ta, não lembro NA MINHA VIDA qual foi o primeiro dia, é pedir demais da minha frágil memória. Mas aqui no trabalho, por exemplo.... “não”. Simples, singelo e devastador. Ta, não foi nada devastador, mas me senti bem. Bom isso, né? Passaram a me consultar mais, a perguntar meu ponto de vista...sou respeitada. Antes de fazerem qualquer coisa, perguntam o que eu acho. Pasmem, sou a mais nova daqui, me chama de “mascote”. Foi uma conquista!

Ouvi tantos nãos na minha adolescência que perdi a conta. Respeitei sempre meus pais, mas como ouvi muito mais não do que sim – na maioria das vezes era não pelo não, sem explicações – os tratava como pais e não como amigos. Tudo bem, estou falando aqui de respeito, apenas (Daqui a pouco inverto tudo, é só eu virar adulta, um instante só). O mais engraçado é que eu não falava não para eles, mesmo que não cumprisse com as obrigações, apenas concordava e fazia as coisas escondido, mas isso não vem ao caso.

No geral, as pessoas odeiam ouvir um NÃO, mas te respeitam. Parece que um “não” bem fundamentado tem mais credibilidade do que um sim. Mais ou menos como se falar sim fosse comum. Por outro lado, quando falamos não dá a impressão que a “coisa” foi pensada. A pessoa que ouve o seu não fica de cara feia num primeiro momento, mas depois que ela pensa um pouco e acaba dando mais valor a você, mesmo que não admita isso nunca. Talvez porque muitas vezes temos que dizer aquele não senão ficamos muito “facinhos”.

QUE CONFLITO !

Precisamos ter paciência...sim?

NÃO!

“Nem tanto ao céu, mas muito menos ao inferno.”

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Desvendando a Teoria da Idiotice Humana


Como meu post anterior sobre “Idiotas” gerou bastante repercussão, e levando em consideração a minha vontade de polemizar, nada mais justo do que continuar com esta linha de raciocínio – afinal, é destas coisas que eu gosto. Eu não sou realmente uma idiota. Você que está lendo também não é um idiota – é? Ninguém é realmente idiota: só às vezes. Posso definir a idiotice como um ato estúpido, porém inconsciente, o que desqualifica todos nós como idiotas. Há pessoas que gostam de ser estúpidas...daí não posso dizer muita coisa. Ou seja: cerveja! Viu, sei ser idiota :D Mas isto foi algo automático, não pude me conter. Mas esta é a pior parte...o arrependimento. Ele consegue ser ainda MAIS idiota.

A idiotice é algo que PODE SER evitado. Mas certas pessoas preferem fazê-la...A idiotice é algo mais forte que você.

Você sabia? Há uma escala da idiotice humana. Sim, escala! Cada um de nós se comunica com pessoas que se situem até dois graus acima ou abaixo do próprio grau. Para os que estão abaixo, rende-se admiração, sempre disfarçada de respeito, para não pegar mal, ou mesmo de inveja; para os que estão um pouco acima, fazem-se concessões. Se a diferença for maior, nenhuma comunicação é razoável; predomina o “ruído”, como diz minha professora de Língua Portuguesa IV, Maria Genny.

Por isso, o constrangimento das reuniões na casa de algum amigo, ou o fato de encontros com mais de oito e menos de vinte pessoas não funcionarem. Forçosamente, haverá um intervalo de idiotice grande demais. Acaba com o idiota 2 sendo chamado de convencido, só porque teve a sorte e o ânimo de ler um livro que ninguém ali conhece; ou com o idiota 7 sendo alvo de gargalhadas incontidas, sem percebê-las, rindo também. Ou com o idiota 5 sendo rigorosamente observado porque está acabando com toda a comida da festa, e ainda está “pagando cofrinho”.

O sistema é complexo e exige detalhamento para o caso de um leitor de idiotice muito alta.

Então, PELO AMOR DE DEUS, seja um idiota consciente, eu sei que você consegue! Faça um esforço e seja consciente nas suas idiotices, pois um idiota arrependido é a pior coisa que existe, principalmente para o objeto alvo da idiotice do idiota. Poupem essas pessoas de lamúrias e lamentações, tentem pensar antes de “idiotarem” [hahaha até eu gostei dessa!]

Você já se arrependeu de algo, né? Sabia! Todo mundo já passou por isso e é ruim, muito ruim. Principalmente quando você
PRECISA estar atento NA HORA DA PROVA, mas o arrependimento come toda a sua consciência, te joga em um estado muito idiota no qual você consegue realmente não pensar em nada, o que é muito ruim, pois a angústia consome a ínfima parte do seu cérebro que talvez ainda pense. Então você procura se agarrar a um fio de consciência que resta e percebe que talvez você ainda consiga pensar. Então você tenta achar alguma diferença nas questões de múltipla escolha e não consegue. Você se desespera, mas então você lembra do barulho engraçado que os personagens fazem quando correm, ou do barulho de um pendrive sendo desplugado (ou de seu namorado imitando isto), e aí fica tudo bem. Ufa, que alívio.

Eu, como idiota consciente assumido (
exceto por incidentes com lanches do MC Donalds), suplico a todos que tenham acesso a esse texto idiota, tentem ser mais idiotas, mas tentem pensar mais também, a vida é idiota, a prova disso é que todos vamos morrer no final, então não desperdice seu tempo criando leis de física, ou estudando compostos orgânicos. Perca seu tempo rindo de como seu irmão imita bem a sua avó (e é MUITO engraçado), ou como um gordo careca dentro do ônibus pode ser estupidamente mais legal que "Zorra Total".

Você não precisa pensar muito, pensar muito é ruim. A maioria das pessoas que pensam muito entra em parafuso, ficam
“lélés da cuca”, começam a fazer idiotices inconscientes, aí já era. Eu quase fiquei assim, mas eu reencontrei o Lonlon (abençoado seja), e ele me salvou disso. Não pense muito, você vai acabar concluindo que a vida é tosca, e que nada vale a pena, essa conclusão é bem verdadeira, mas também é bem idiota.

Idiotice por idiotice, eu prefiro continuar acreditando que a vida é idiota, e que aos idiotas ela pertence, talvez assim eu tenha a idiota impressão de que o mundo é adequado para mim e pra você, que também se considera um idiota.

Obrigado por perder seu tempo lendo meu texto, e não sobre a Eletrostática ou decorando a tabela periódica (
ODIAVA ISSO), agora você talvez esteja mais feliz, ou mais triste. Eu não sei como encerrar esse texto, então eu vou só parar de escrever aqui, ok?

Mais uma coisa, vida longa a todas as pessoas que ainda acreditam que há algum significado em partidas de
Mario Kart no Wario Stadium, ou no barulho que o Yoshi (é assim que escreve?) faz quando engole uma frutinha vermelha (é maçã?).

(Nossa, que final mais idiota!)

Obs: Meu galo na cabeça ta doendo muito. Bati no supercilho de meu namorado. Hahahahahha. Tá, já sei - observação idiota.

Obs 2: Estou em meu trabalho escrevendo um texto sobre “idiotas”. É, eu devo ser mesmo idiota...HAHAHAHAHA.

domingo, 25 de outubro de 2009

The Day Is Coming




Gente, eu sou muito ansiosa. Ansiosa demais para uma pessoa só. Mas até que divirto-me com tal ansiedade...tá, por vezes. E já que esta ansiedade se faz presente neste momento, nada melhor do que postar sobre ela no meu blog, para ver se me acalmo.

Depois de ter a metade de um final de semana reunida com a família, amigos e namorado (porque a outra metade é hoje) estou com foco na semana que vem. Você se questiona ? Será feriado. Até lá há uma semana genuinamente grande com trabalho e estudos para cumprirmos.

Mas o que é a ansiedade? Só pode ser psicológico. Como se explica o fato de algumas pessoas serem tranquilas quando se precisa lidar com o tempo, e outras não? (tempo?vide post anterior)

Ficamos nos desgastando (permitam-me usar esta palavra forte) esperando, esperaaando, aflitos, que uma coisa aconteça. Este sofrimento de algo que está certo por vir, e que não vem. É mole?
Impaciência...
Sabem, por vezes escrevo um post já pensando o que falarei em outro próximo. Isso é o que? A danada da ânsia. Vocês são assim também? Igual a mim, não há como...eu acho.
Até que estou relativamente melhorando quanto a isso, mas a muito o que ser feito. Chego a gelar em certos momentos, sabem? "Será que vai ser assim?" , "Será que vamos fazer tal coisa?" ,"Como isso sucederá?","Mas e se acontecer isso na hora?"...

Aiai...acabo de acordar e estou com este "pique". Se bem que a preguiça nunca me deixa por completo - ela me ama.

Tá. Chega de drama. Sei que há pessoas piores que precisam de tratamento, e não preciso me enquadrar neste grupo. Não necessariamente...hahaha. Contudo, estes pensamentos podem ser catastróficos. As pessoas pensam que "não tem tempo a perder", e acabam por se prender na ansiedade como modo de ...ah, sei lá o que elas pensam. Mas isto nos é uma defesa natural.

Que jogue a primeira pedra quem nunca ficou ansioso na vida. DU-VI-DO. Seja para uma entrevista, um primeiro encontro, uma viagem que não chega, uma prova que você precisa fazer para passar de ano, um presente que você está prestes a ganhar, uma data especial...ânsias. A frase"Tô ansioso(a)!"já foi proferida da boca de todos os seres humanos. Tá, pelo menos pessoas a partir de 10 anos já disseram isso.

Mas cuidado! Esta ansiedade pode gerar alguns males. Exemplo? Isto vai desde o ato de "roer as unhas" até a síndrome do pânico, gerando depressão, fobias, stress, agonias, tremores, sudorese...ufa.

Posso dar uma dica?

Vamos nos acalmando...relaxa.

sábado, 24 de outubro de 2009

O Tempo




Não estava muito afim de escrever hoje, mas em consideração aos meus fiéis leitores, cá estou eu.

Hoje fui assistir uma peça teatral que abordava sobre o tempo. Após refletir muito sobre, desejo abordar um pouco a respeito de minhas conclusões.

O que é o tempo para vocês?

Um dos personagens, logicamente com outras palavras, disse o seguinte: Se tirarmos tudo o que vemos, não focarmos em relógio, nem no Sol ou na Lua, nem nos cabelos crescendo, nem nas flores e plantas brotando, nas unhas...nada. Se não tivermos nenhum destes aspectos como parâmetro, saberíamos dizer o que é o tempo?

O tempo não é nada. Na verdade, ele é tudo, mas comparado ao que vivemos, ele não é nada. Enrolado? Talvez.

A peça em si não me atraiu muito, mas gostei de pensar sobre a vida, o tempo, o tictaquear (permitam-me criar este verbo?) de cada momento. Será que vemos mesmo o tempo passar? Não seria muita ousadia dizer que 'perdemos tempo'?

O tempo nada mais é do que nosso sentido interno, o que nos move e dá rumo às nossas vidas. Mas ele existe? Estamos MESMO presos nesta simetria entre passado e futuro? O tempo não volta. Posso definir " tempo" como sendo uma sucessão de eventos marcados pela casualidade, e a maioria deles é irreversível. Não se pode entendê-lo. Nos sentimos impotentes, talvez. Como dizia Cazuza, "O tempo não pára"...não mesmo.

O tempo passa depressa demais, e em algum momento da vida veremos que deixamos de lado o que realmente nos interessa em troca de algum reconhecimento. Absurdo fazermos isto conosco. Um absurdo maior é não percebermos isso a tempo de poder fazer algo que realmente importe para nós, antes de mais nada.


SALVE, SALVE.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Idiota!


Nada melhor do que apreciarmos um idiota, não é mesmo? Embora odiado por uns, é procurado e até adorado por outros. Isto mesmo. Há pessoas (ainda mais idiotas) que procuram esses seres energúmenos.

O idiota surgiu na época da pré-história e a cada século que se passa vem se aperfeiçoando com sua idiotice e marcando presença durante a história de vida humana.Essa raça pode estar em qualquer lugar, e não se sabe ao certo a origem: genética, aleatória ou hormonal?

Posso ser sincera? Você é um idiota. A pessoa que escreveu isso também. Todos temos nossos momentos, e agora exponho o meu fazendo este texto idiota.

Citarei alguns exemplos peculiares de gente idiota:

- Aquele otário que sempre age como se não entendesse nada, mesmo quando está claro que até um mamute entenderia;

- Um imbecil que nunca tem assunto nenhum e fica inventando coisas;

- Uma pessoa que passa o dia inteiro no PC;

- Pessoas que enchem a mensagem de emoticons;

- Aquele retardado sacana que finge não achar graça de nada para parecer o “cool”

- Aquele trouxa que acha que postando várias mensagens seguidas vai conseguir chamar a atenção

- Quem se acha o “espertalhão” mas só faz asneira, e se julga o pseudo-intelectual dono da verdade

- Seja carente: declare sua necessidade de amigos e de amor.

Lição I : “Oiiiiiiiiiiiiiiiii! Eu sou um(a) Idiota”

Essa lição é muito importante. Preste atenção: Todos os idiotas gostam de aparecer. Portanto, sua primeira apresentação deve e seguramente será idiota. Nela você será reconhecido ou não como uma babaca.

Lição II:

Nunca entenda. Sempre pergunte.

Ninguém pode te banir por perguntar, correto? Então abuse. Pergunte sem medo, tudo o que passar pela sua cabeça. Vai na fé. (IDIOTA!)

Lição III:

Poste tudo o que vier na sua cabeça. Tire fotos, muitas fotos, e poste também. Floode muuuito.

Lição IV:

Comentários. Fale sobre suas próprias atitudes, seus próprios textos. Mesmo que você não tenha absolutamente nada a acrescentar, é sempre de bom-tom para um IDIOTA lançar um “É mesmo?” ou um “Concordo”. Poste risadas (Somente claro, se você for um idiota do tipo "bobo-alegre") depois de qualquer coisa que se assemelhe vagamente com uma piada.

Lição V:

Frases e pensamentos. Copie e cole do google todos os pensamentos que você achar “bonitinho”, mesmo que você não entenda o seu real significado.

Lição VI:

Fale o que ninguém te perguntou. Invente situações em seu cotidiano para alguém possivelmente idiota acreditar.

Lição VII:

Se faça de desentendida. Não cola, mas pode fazer – afinal você é idiota.

Lembretes:

Um idiota jamais deve achar outra pessoa idiota, pois ele está mergulhado na sua própria idiotice. Quer fazer alguém parar de ser idiota?

1)Dê um soco

2) Se não adiantar, jogue cerveja na cara dela

3) Ignore-a

Esta terceira geralmente costuma ser a melhor, caso você queira se divertir às custas de um idiota. É ai que ele fica mais nervoso na tentativa de chamar sua atenção, e faz mais asneiras. Pode puxar conversa, para ver até aonde esta pessoa consegue ir, mas cuidado para não ser visto como um idiota² por dar ouvidos a mesma.

Registrando-se como um idiota:

- Nicks cheios de números e pontos, sem nenhum motivo específico.

- Nicks praticamente ilegíveis, como “¤´¯`•»P®¥§¢¥|_@....”

- Mensagens incompreensíveis para amigos/usuários/pessoas* são recomendáveis, principalmente se emoticons forem apresentados. Solte a franga!

Curiosidades de um idiota:

A não tem som de u.

Ovo ao contrário é ovO.

O Bob Esponja é gay.


Você acaba de perder tempo com um post idiota.

Parabéns J

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tudo do Avesso



Já reparou como fazemos certas coisas ao contrário?

Eu sou um baita exemplo disso, segundo meus pais. Nem pretendo enumerar nada, mas quero falar de uma coisa em especial hoje: quero falar sobre ouvir, calar, falar…coisas que, por vezes, eu mesma não sei fazer com excelência. Engraçado que ontem eu já tinha esboçado este post, mas alguns fatos me comprovaram mais uma vez que eu devo publicá-lo, não para fazer volume, mas para ver se eu melhoro...hahaha.Ainda bem que o deixei arquivado.

Na volta da faculdade, eu não parava de falar. Talvez por felicidade de mais uma vez encontrar meu namorado, a me esperar, mas o fato é que eu não calava. Contava euforicamente o que meu dia me proporcionou, as sensações de cada momento, as alegrias, as raivas, as sessões de foto, bom...tudo. E as palavras chegavam a se atropelar. Posso tentar justificar-me dizendo que, chegando em casa, todos estão dormindo, e ninguém me ouve [coitada]. Ou que acordo em um horário que as pessoas já estão atarefadas demais. Bom, deixa para lá.

Engraçado a imagem que passamos para os outros. Às vezes é igual a que temos de nós mesmos, outras vezes é completamente diferente.

Posso te pedir um favor? É legal, vai. Vamos lá: Pare de ler esse texto agora e vá até seu espelho. Não, nada de fazer terapia, apenas olhe para você e me responda o que vê: Quantas bocas e quantos ouvidos? Pode ir, eu espero…

Pronto? Então vamos em frente. Se tudo estiver correto, você deve ter dois ouvidos e uma boca apenas, acertei? E isso quer dizer o que? Eu te respondo: Que deveria escutar mais e falar menos.

Contudo,seres humanos que somos, agimos de forma contrária, falando mais e escutando menos. Ok, temos que ter opinião, e é claro que nem todo mundo as possui. Há os chamados “seguidores dos outros” [o que não tem nada a ver com Twitter] e pouco se importam em questionar o que lhes é dito. Mas para questionar, aceitar, seguir ou seja lá o que for, é preciso antes de tudo, escutar. Isso é uma arte. E para poucos.

Eu mesma, a Fernanda Martinelli pessoa física, sempre fui de falar muito, ter síncopes, chiliques, mas… – sempre tem um “mas” – sou mais de falar para os outros sobre os problemas deles do que de mim mesma. Por que? Simples. Não conheci ao longo da vida muitas pessoas capazes de me ouvir. E olha que eu nem sou de exigir uma resposta, muitas vezes me contentaria apenas com alguém capaz de silenciar, ou até… capaz de escutar meu silêncio. Sim, isso mesmo que você leu, às vezes nem queremos que escutem nossas falas, queremos que escutem e entendam nosso silêncio.

Em vários momentos quando vamos falar de algo que nos incomoda, somos logo interrompidos. Tipo… você fala que está com dor de cabeça, a pessoa te interrompe e fala que a dor dela é maior. Parece até competição. Em suma, sempre tive dificuldade de encontrar eco quando falo dos meus problemas, quando tento descarregar o meu peso extra…e me calo.

Em meu trabalho tenho, teoricamente por obrigação, que ouvir mais do que falar. Mas é claro que isso só em teoria, por um simples motivo: Quem me procura não está fazendo isso sem motivo. Sabendo disso, eu acabo por me sentir a vontade, escutar tudo o que eles tem a me relatar para depois escrever minhas matérias. Não impor, e sim falar, discutir os problemas de forma profunda, fazendo uso da empatia e do bom senso. E certas vezes, descubro que meu silêncio ajuda muito também.

Ouvir problemas não é fácil. A tarefa é árdua, porém gratificante pelo simples fato de que eu entendo que é justamente isso que está faltando nas relações, sejam elas de qualquer natureza: Ouvir o outro.

Para quem procura ajuda deve ser delicioso perceber que está sendo ouvido. Por mais simples que um problema possa parecer aos olhos de quem escuta, para quem fala um ‘probleminha’ pode ser um monstro. E colocá-lo pra fora é, em certos momentos, um desafio grandioso. As pessoas não querem escutar, querem falar. A coisa se complica porque para quem está com o problema, a necessidade é de falar e não de ouvir. E como já disse, todo mundo fala mais que a boca.

Há problemas que são difíceis de resolver. Mas para quem os tem, só o fato de colocar pra fora já é um alívio. E se alguém escuta, já está ajudando e muito. Entenda-se por escutar, absorver, entender, ouvir de fato.

O que isso quer dizer? Bem… se você pensar nisso um pouco, poderá entender melhor que às vezes um amigo te procura porque precisa do seus ouvidos emprestado, para te contar algo e sem nenhuma necessidade de ouvir sua pregação, ele quer apenas desabafar.

Temos que ter consciência de que nem sempre o que falamos ajuda e como toda e qualquer relação é e tem que ser de mão dupla, um dia você ouve, noutro você fala.

Essa questão pode ser resumida assim: Tudo o que tem que existir entre amigos, família, casais e colegas de trabalho é apenas um ponto: Troca. E é bem possível, por que não dizer necessário ou viável, trocar palavras por silêncio.

Pronto, podem falar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As Cicatrizes



Neste post abordarei de um assunto que antes jamais tratei: Cicatrizes. Parece pesado, e até meio “deprê”, mas creio que não seja por aí… ou talvez seja… ah, sei lá.

Bom, o fato é que ao longo da vida vamos colecionando cicatrizes, algumas internas que só a gente sabe, outras externas que não temos como escondê-las. A verdade é que esse processo vem lá de longe, desde os tempos de criança quando caímos e batemos a cabeça no canto da mesa, caímos de patins ou mesmo pulando corda.

Brincadeiras à parte, algumas cicatrizes vem de lá mesmo. Mas não quero aqui falar de crianças e traumas de infância, sei que eles existem, Freud cansou de falar sobre isso e acho que ele já disse tudo – e quem sou eu para completá-lo. Algumas bobagens monstruosas, mas também falou coisas interessantes.

Passemos para a adolescência. Em minha opinião, algumas das piores marcas que trazemos surgem nessa fase, onde nos entendemos por gente. Para certas pessoas a adolescência é um verdadeiro inferno, rebeldia sem causa, transgressões sem fundamento, enfim, é um período meio doido. Acho que vou pular essa parte, afinal, não caberia relatar nada de meu passado próximo (falou a jovenzinha). Vamos para a fase adulta.

Na opinião de vocês, qual é a maior fonte produtora de cicatrizes, o amor, família, amigos…?

Eu misturaria tudo. Tenho marcas aqui dentro provenientes de todas essas “fontes” aí de cima. Mas nada que me faça lamentar não, acho que de tudo o que vi e recebi aprendi um pouco, aprendi a me conhecer e a tentar evitar que essas marcas fossem repetidas. Notem que eu disse tentar, o que não quer dizer… conseguir.

Mas eu tento sim com todas as minhas forças e tenho um grande aliado nesse processo, um grande problema que, apesar de problema, me ajuda muito: A cicatrização. Não só literalmente, mas eu sempre tive esse problema, uma ferida por vezes demora para cicatrizar. Manter a ferida aberta ajuda a não permitir que uma nova ferida do mesmo tipo apareça.

Sendo bem sincera, algumas coisas que doeram muito um dia eu já esqueci. Esqueci ao ponto de não lembrar o “porquê” de eu estar triste. As vezes até gosto destas falhas de memória que tenho. Em casa eu brigo, e em cinco minutos estou bem. Pode até soar como 'dissimulada', mas não é o caso. Bloqueios, como queiram interpretar. Além deste fato ‘master plus’ sou também vingativa. Dou algumas desculpas mas isso não cola muito não. Sem problema, eu assumo numa boa esse lado negro da força. Opa, desculpem, vou reformular a frase: Assumo esse lado "Afro-descendente" da força. (Não quero parecer racista nem politicamente incorreta)

Feio admitir isso em público, podem me achar louca. Antes de me julgar, pense aí, você não se vinga das coisas que te fazem? De nenhuma forma? Como pode alguém deixar passar em branco as coisas ruins que sofrem? Eu não entendo, mas respeito, cada um age de um jeito, mas uma coisa eu falo, o mundo já tá cheio de impunidade.

Existe também o outro lado da moeda, coisas que fazemos, cicatrizes que provocamos nos outros e que fazem um mal danado a eles. Então… a vida é assim mesmo, no universo das relações humanas há sempre alguém machucando alguém. É assim que a roda gira. Não há nesse mundo alguém que passe batido pela vida sem machucar e se machucar. Faz parte do esquema, faz parte do jeito… humano de ser. E não queria que fosse assim.

Tentar apagar as marcas é uma tarefa árdua e nem sempre somos bem sucedidos nisso, há que se tentar, pelo menos tentar viver com elas. Ontem, enquanto escrevia parte deste texto pensava nas marcas que apaguei, nas que não apaguei e aí me veio uma pergunta na cabeça:

- O que é mais fácil, esquecer alguém que te fez mal ou esquecer o mal que alguém te fez?

Eu não gosto de magoar as pessoas, ainda mais se eu realmente me importo com elas. É como o princípio de Kant, e agora mais do que nunca pretendo usá-lo: “Agir de modo que o que faço possa ser convertido em lei universal.” Aproveito este post para me desculpar com as pessoas que amo, e magoei.

Como não podia deixar de ser, meu Id e meu Superego apareceram para me “ajudar” a responder a esta indagação anterior. Depois de muita “briga”, cheguei à conclusão que é mais fácil esquecer o mal.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Precisa-se de Babá no Brasil


Quem tudo quer, tudo quer.


O biscoito fino e a massa.
Graças ao meu novo e adorado óculos, li hoje de DENTRO DO ÔNIBUS um adesivo de um carro cinza com os dizeres: “A velocidade da tua força é o sucesso da minha inveja.”

Como faz sentido, fica demonstrada a estupidez da frase original. Aliás, difícil decidir o que é pior: se esses substantivos abstratos arrumados numa ordem coerente qualquer, ou se as parábolas de significado idêntico: “Um passarinho, quando voa, sabe a asa que tem.”
Continuo gostando apenas do que não tem lógica, e nisso algumas pessoas se tornam insuperáveis: “Bate com a mão na cabeça antes que o pé não chegue.” (eu ri quando ouvi)

Eu sempre entendi a reprimenda: sentido é apenas a metade de tudo.

No Rio, há alguns anos atrás, criaram certa vez um movimento chamado “Basta!” – logo parodiado como “Bosta!” – obviamente muito melhor. O objetivo era dar um “grito contra o atual estado de coisas”. Exige muita capacidade bolar uma idéia assim: uma palavra, um verbo tornado interjeição e... pronto. Depois, o grupo percebeu que as faixas estendidas nas varandas mais valorizadas da cidade não chegaram a desanimar os bandidos. Resolveu-se fazer alguma coisa concreta — só não me perguntem o quê, pois a essa altura do campeonato, eu já estava mais entretida com o obituário e os quadrinhos.

Mudando de rumo e buscando “soluções reais e factíveis”, o grupo perdeu sua maior virtude: ser o primeiro movimento inteiramente abstrato, teórico, sintetizado no minimalismo de uma palavra e um ponto de exclamação. Até mesmo o design seguia essa perspectiva: letras em vermelho sobre fundo branco. Apenas isso... e Basta! Que pena. Por mim não teriam que fazer nada. Protesto verbal é o que há. E faz muito sucesso...

Fico tentando imaginar o que vai na cabeça de pessoas assim. Deve ser alguma coisa parecida com o que pensam os criadores do Basta!. Se ainda assumissem o discurso vazio, sem fundamento e sem ação, contribuiriam mais com a causa do que qualquer ong (assim, com minúscula mesmo) jamais fez.

O problema, penso eu, é a falta de leitura. Basta uma horinha em frente a alguns pontos de São Paulo para verificar o que pode a inércia humana. Se bem que o “Prefiro não fazer” é pedir demais dessa gente.

Prefiro não fazer.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Cai Fora, Plástico !

Dia de compras no mercado, que alegria! Que mãe não gosta de comprar alimentos para por na mesa dos filhos? Mesa farta, dinheiro no bolso para efetuar compras, passando pela longa e demorada fila, e finalmente chegando ao caixa, colocamos os produtos na sacola. Epaaaaaaaaaaaa! SACOLA?

O texto de hoje será dedicado ao meio-ambiente.

É muito difícil nos livrarmos da comodidade de apanhar 'sacolinhas' - que parecem inofensivas aos olhos de um pobre mortal- no ato de empacotar produtos, e muitas vezes até abusamos do bom senso, colocando em um só produto duas ou mais sacolas, com a desculpa de 'poder não aguentar e rasgar'. TOTALMENTE ERRADO!

Primeiramente, estamos desperdiçando algo do modo mais absurdo possível. Ao chegar em casa, a senhora que carrega consigo mais de 20 sacolas plásticas seguramente jogará no lixo assim que chegar ao seu lar ou utilizará para fins como apanhar o cocô do cachorro. O fato destas sacolas demorarem mais de QUINHENTOS ANOS - sim, 500 anos - para se decompor no meio ambiente não é sequer cogitado.

Achou um absurdo? Pode ficar pior. A taxa mundial do consumo de saquinhos plásticos está estimada em 500 bilhões ao ano, quase 1 milhão por minuto- POR MINUTO! O mais preocupante é que apenas 0,6% deles são reciclados - ZERO VÍÍÍRGULA SEEIIISSS !

Mas podemos reverter este quadro. Quer contribuir?

* Habitue-se a andar sempre com uma sacola resistente para carregar suas compras.
* Recicle seu lixo, assim você contribui para que o meio ambiente seja preservado para as próximas gerações.

Ao procurar por mais informações sobre reciclagem deste tipo de material, encontrei o site do Projeto de Educação Ambiental da Uniplac http://www.uniplac.net/ . O Projeto tem como objetivo promover a Educação Ambiental na comunidade acadêmica e externa através da separação dos resíduos sólidos e plantio de espécies vegetais nativas.

Ah...e posso citar também aquelas sacolas que fornecem em mercados, ou mesmo estas reaproveitáveis que vendem por ai. Algumas são resistentes, bem mais que estas plásticas fornnecidas nos mercados.
Pense bem antes de encher a mão com dúzias delas...
Deixarei vocês com um vídeo agora que transmite um pouco mais do que eu quero dizer...para algumas pessoas, palavras não bastam. Imagens comprovam e mobilizam mais em determinados casos.


sábado, 10 de outubro de 2009

Procrastinando os Gadgets

Estava escrevendo cotidianamente. Certas coisas me fizeram perder tal gana. Prefiro não passar a listar as falhas do nosso caráter coletivo, e apontar o dedo pode ser um esforço inútil, apenas para aumentar nosso já imenso sentimento de culpa, e provocar o escárnio, a ira, a apatia, o desânimo.
Ter um site, blog, Twitter começa a ser percebido como básico e default. Começam a amadurecer os novos conceitos de cidadania digital, e então as muitas vozes que nunca tiveram espaço finalmente vão conseguir elaborar uma ideia, evoluir para um discurso, criar uma nova inspiração, motivar uma nova filosofia.
Há tempos tento decidir sobre o que vou escrever no próximo e no próximo post. Tenho vários rascunhados. Porque não terminá-los de uma vez e logo publicar? Talvez possa atribuir uma parcela de culpa devido ao perfeccionismo antiprodutivo que faz com que eu nunca fique satisfeita com certos textos, e um tanto por conta das atribuições mais urgentes do dia a dia; sem esquecer da parcela substancial de culpa a ser imputada à síndrome de DDA que faz com que eu me distraia acompanhando o Twitter ou navegando aleatoriamente pela rede, ocupando-me com afazeres geralmente mais prazerosos e/ou descompromissados.

E assim, acabo por parafrasear na vida real aqueles versos de Fernando Pessoa: "Ai que prazer/ não cumprir um dever./ Ter um livro para ler/ e não o fazer!"

Mas quer saber? "Amanhã" eu escrevo.

sábado, 3 de outubro de 2009

Loly Pop, Lemon Drops

Adoro escrever. De uns tempos para cá, tenho abordado mais de meu cotidiano, tirando algum proveito dos fatos para abordar de outros temas. Meus textos são despretenciosos,ora estou alegre, noutra sou crítica e 'maliciosa'.
Me apetece muito saber que crianças, jovens e adultos passam por aqui, regozijando do meu espaço que é de vocês também. "Um Tema, Um dia, A Minha Voz" vai crescendo em número de visitantes, e para mim é um enorme prazer poder agraciar todo e qualquer amigo que venha aqui compartilhar momentos.
Já que tirei o post para conversar com vocês, acho que algumas pessoas já notaram...eu me delicio com trocadilhos, mensagens sinuosas, e tudo transformo, reciclando e assim tento dar vida num retorno amigável a quem me faz feliz.

Quanto à felicidade, consigo encontrá-la em lugares, pessoas, flores, músicas, cores, animais e objetos dos mais singelos. Não preciso muito... o pouco se for bom já é suficiente.
Porém, não cometam injustiça contra seres inofencivos, porque me transformo.

Agradeço a todos que têm vindo me prestigiar.

Como estamos em um bate-papo hoje, contarei mais um pouco de meu dia.
Hoje foi um dia tranquilo... Após despertar às 11:30hrs, decidi estudar. Passei por "Comunicação Comparada", "Ética e Legislação dos Meios de Comunicação", até chegar em "Economia". Já descartei neste sábado duas matérias e meia. Ufa! Amanhã tem mais... Após estudar até as 17hrs, resolvi demonstrar minhas habilidades tocando flauta para os outros ouvirem.

Sem mais o que escrever, deixarei vocês com meu vídeo- bem bobo, mas é um vídeo.





Namastê.

CIDADE MARAVILHOSA - 2016



Confesso que me emocionei.Imaginei-me ainda na cidade, vibrando junto à multidão que irradiava alegria quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, abriu o envelope com os cinco anéis olímpicos e anunciou a vitória do Rio. Que satisfação! Que conquista para o povo brasileiro!
Além da Copa, a ser realizada em 2014, conquistamos o direito de sediar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.A vitória brasileira sobre Madri na última rodada veio com a diferença de 66 votos contra 32. Esta vai a primeira vez que o evento será realizado na América do Sul.
Ganhamos esta disputa na lágrima! Nosso país que lutava há mais de uma década pelo direito de sediar os Jogos, e da mesma forma que costumamos festejar nossas conquistas em cima do pódio em competições mundo afora.
A última sexta-feira ficará marcada nos corações de todos os brasileiros.

Este vídeo, produzido pelo cineasta Fernando Meirelles, foi ao ar em diversas mídias, e não pude deixar de colocá-lo. Ele retrata o RIO DE JANEIRO, bem como ele é.

Se fosse 'cartão postal' então, não precisaríamos nem de Comitê para saber o resultado ...

PARABÉNS, BRASIL ! PARABÉNS, RIO !