terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mais Conscientes do que Nós



Não preciso mencionar o fato de eu ser uma pessoa muito observadora. Vejo a tudo e a todos. Neste post revelarei minhas conclusões à respeito dos bebês. Isto mesmo, estas pequenas criaturinhas que convivem conosco a poucos meses.

Pobres de nós. Trabalhamos, buscamos soluções para nossos desesperos, contas a pagar, temos medo, duvidamos de tudo e de todos, questionamos Deus, bem como o porquê dos fatos cotidianos..e tudo é tão simples! Não na minha visão, mera escritora de blog...mas na visão DELES.


Ao lembrar de quando eu era pequena, e mesmo ao ouvir assuntos contados por meus pais, creio que eu era uma bebê inteligente. Sinto saudades do ‘meu mundo’, visto com os olhinhos de uma frágil criança em evolução, nos primeiros momentos de percepção do monstro que chamamos de ‘mundo’.

Inúmeras sociedades ao longo da história reverenciavam a sabedoria e a consciência dos idosos. Reza a tradição que só o passar dos anos é capaz de nos dar a percepção apurada sobre quem somos, como agem os outros e como funciona o mundo a nosso redor = lê-se experiência. Porém, sou da opinião de que todo o esplendor de consciência não se encontra apenas no fim do caminho. Está também no início.


Hoje ao sair do metrô, rumo à escada rolante, um bebezinho me encarava. Eu sorri, ele sorriu. E de novo a me olhar. Não, não sou a Xuxa, pensei. Perguntava-me o que este garotinho pensava ao me fitar. Já tive medo deles, sabia? Na maioria das vezes, as criancinhas gostam de me encarar, curiosos. Desculpem, lembrei de um fato: Na praia, em viagem com meu namorado, lembrei de um menininho no auge de seus cinco anos, que estava me ‘paquerando’, sorrindo para mim e brincando na areia. Eu o observava, sorrindo. A cada sorriso meu, ele se esfregava mais na areia e sorria para mim. Isto fez meu namorado ficar enciumado (de brincadeira, claro), e tive de ouvir suas provocações. Foi engraçado. Voltando...


Convenhamos que com cinco anos não se é mais um bebê, mas também posso incluir em minha tese. “Os bebês são mais conscientes que nós”, disso tenho certeza. Eles enxergam o que não vemos, ou o que não ‘queremos perceber’. Talvez tenhamos superestimado a dos adultos. Estudos científicos estão ai e não me deixam mentir: Os bebês são mais abertos às experiências e aprendem com mais facilidade. Essas habilidades resultam em um nível bastante elevado de consciência, não aquele limitado que atribuímos aos bebês. Viram?


E também é a partir desta fase da vida que começam as concorrências, disputas de inteligência, etc. Veio-me à cabeça agora um momento no primário (estou falando como velha) em que eu competia com meus coleguinhas de classe ‘quem lia a apostila mais rápido’, bem como ‘quem escrevia mais rápido’ o que a professora ditava. Ao término da tarefa, gritávamos como ordem de chegada: “ACABEI !!!”. Bons tempos...

Gostaria de entender a mente das crianças que ainda não sabem falar. Munidas de seus bichinhos de pelúcia, elas escondem muito mais em suas cabecinhas que tanto matutam.

Hoje, sabemos que o cérebro dos bebês já vem com sistemas lhes dão predisposições importantes para conhecer o mundo...isso deixa-os mais atentos.


Li uma comparação muito boa, que dizia “Ser bebê é como ver um thriller fantástico ou ser um turista numa cidade estrangeira, em que até as mais tolas atividades parecem excitantes”. Os bebês de deslumbram com o mundo todos os dias. Isto não é lindo? Divino. Pois nós, adultos e cheios de calos, não conseguimos ver tudo como realmente é.


Em testes realizados, bebês de apenas três meses se surpreendiam quando os pesquisadores puxavam uma mesa em que um brinquedo estava apoiado e ele continuava flutuando no ar (amarrado ao teto por um cordão transparente, claro..senão,até eu ficaria chocada!). Demonstravam espanto se um boneco colocado atrás de uma cortina desaparecia quando o pano era levantado. Gostaria de ressaltar também de que estudos já concluídos revelam que bebês possuem uma habilidade matemática surpreendente, além de serem capazes de relacionar proporções.


Deus é um ser fantástico, não é mesmo?

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é à toa que "DEUS" disse sejam inocentes como as criançinhas e tereis os reino dos céus.
Na sua inocência elas captam as belezas da vida,nas coisas bem simples como um simples sorriso, já que suas mentes ainda são originais, e não cópias como serão em breve, ao se espelhar na mãe, primeiramente e depois nas coisas do mundo irão perder toda essa pureza e simplicidade.
A sua mente ainda é zero kilometros, despoluída, pura porque afinal de contas acabou de sair da sua origem que é divina onde só existe luz e paz.
Beijos
Swami Bodhi Parinam

Unknown disse...

Hum, realmente muito interessante.

Confesso também tive/tenho medo de bebês...uhaeuhae

Das muitas existentes, da poucas que acredito...existe uma teoria que "temos" todas as respostas pra todas a perguntas que passamos a vida martelando, e estas são simplesmente seladas quando vamos nascer, talvez ainda enquanto bebês temos vestígios desse conhecimento o qual acaba se selando completamente numa certa idade.

Muito intrigante isso, pois imagine só alguém que consegue "burlar" esse selo, ou consegue ter acesso a pelo menos a uma pequena parcela desse enorme conhecimento.
=o

Ehh...sei que existem muitos por ai, e quem sabe na próxima eu consigo.
hahah

Allan.