segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Sorriso do Gato Cheshire.


Sou meio retardada no quesito sonhos: sempre demoro ao desembarcar. Há certas coisas que sonho que me parecem tão real ao ponto de passar dois, três dias, uma semana e eu ainda lembrar. Sonhei quando pequena que ajudava uma menina perdida, mas que eu sabia que ela estava morta. Confuso, não? No sonho, ela me passava seu nome, seus dados, seu endereço...mas não me recordo de nada. Contudo, deste sonho jamais esqueci. Lembro-me de seu semblante, que se chamava Mariana, e que passou inclusive seu telefone. Raiva tive ao acordar, depois de um sonho tão louco como este, e não lembrar de porcaria nenhuma.
E mesmo mesmo após acordada ainda pareço estar em outro tempo, em outra realidade. Talvez por este motivo eu acredite em bem mais que seis coisas impossíveis antes do café da manhã (que certamente não são lagartas azuis nem coelhos elegantes). Não, não, não. Acreditava que, por exemplo, não haveria ninguém que pudesse recriar o universo psicodélico de Lewis Carroll no cinema atual, e suas infinitas possibilidades, além de Tim Burton.
Ledo engano: minha credulidade encontrou uma produção muito estética e pouco consistente – quase gratuita. Por isso não estranhei quando, ao final de uma jornada sem clímax e sem propósito, recebi como recompensa um constrangedor passo maluco. Acho que, ingenuamente, esperava algo mais sombrio, menos infantil, mais Tim Burton. Melhor continuar com os livros e a adaptação clássica.
Bom, para não apenas criticar, posso mencionar os belos figurinos, cenários, e a ótima interpretação de Jhonny Depp, ainda que seu papel lhe exigisse muito como “O Chapeleiro Louco”.
Minha parte criancinha ficou muito feliz em assistir.

Cortem-lhe a cabeça!

Um comentário:

Antenor Thomé disse...

Olá,

Obrigado por seguir e visitar meu blog. Que bom que gostou da palestra...
Achei bem interessante seus textos, você escreve bem!!!
Parabéns
Bjos