terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Minha garrafinha d'água.


Sol, já não fazes-me bem. Não me sinto mais a vontade, luto para que não estejas sobre mim.
Minha pele arde, sinto-me em chamas, quando em mim repousas.
Todavia, não posso dizer que aprecio a chuva. Em verdade, nada aprecio. Nem sol, nem a chuva. Talvez o cinza, o nublado, o vento, a calmaria.
Quem és tu para caíres sobre mim, adentrando esta janela, reluzindo sob o vidro?

Reluto para que não me toques.
Admiro as nuvens que lhe impedem de brilhar, que lhe impedem de vir até mim, Óh, Sol.

Não mais me agredirás.

Uma dezena de rinocerontes-brancos transitam por entre as árvores.
Um pássaro insiste em me fitar.

Me deixem em paz, quero um tempo para mim.

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