Sozinha. Meu pensamento rodeia neste espaço, e a chuva acaba de cair sem sequer pedir permissão. Algo me consome e me traz uma vontade de sentir lágrimas escorrerem em meus olhos – mas não consigo. Este fim de tarde deveria ser como todos os outros.
Explicar o que se passa não cabe mais a mim, pois não sei o que estou sentindo. Rodeada por muitos, sozinha de qualquer jeito. Quem sabe um abraço sincero aliviasse a dor…mas quem o daria?
Minha cabeça está a mil. Não deveria reclamar, não sei nem a quem escrevo. Somente reluto e despejo aqui meus sentimentos. Meu corpo fica fraco, um calor sobe à minha cabeça. Tenho medo de descobrir o que é.
Estou acostumada com isso. Não sinto mais tanta dor.
O sabor da tristeza é doce e amargo ao mesmo tempo. Eu gosto, até aprecio. Como sou patética. Reconhecendo o quão desprezível eu posso ser, já não choro mais. As lágrimas secaram outrora.
“Agora levanta dessa cadeira, não ligue para nada nem ninguém. Faça o que se deve e cumpra suas obrigações. Sua trouxa!”
Obedeço a minha mente, acho que estou enlouquecendo.
E minha armadura se torna cada vez mais forte. Talvez nem eu me conheça.
- Café.
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