segunda-feira, 31 de maio de 2010

- Só começo a fazer dieta no dia em que inventarem verduras sabor churrasco!

Se existe uma característica da autora deste blog é que sempre fui daquelas comedoras-de-doce e besteiras no geral nata e, assim sendo, sempre fujo de dietas e nutricionistas tal qual o diabo foge da cruz.
É fato que nas últimas semanas muitos ao meu redor resolveram fazer dieta, o que os tornou obviamente companhias muito menos agradáveis por não me acompanham mais em minhas comilanças, o que me faz muito feliz embora sejam programas de gordo.
Diante disso, chego a conclusão de que não gosto muito de gente que faz dieta: primeiramente pelos motivos que eu mencionei acima, que consistem basicamente no fato destas pessoas não participarem dos meus desvios de conduta das minhas extravagâncias alimentares.
Segundo fato que me faz não simpatizar com as pessoas que fazem dieta é o jeito que elas ficam obcecadas com o novo estilo de vida e desejam anunciar para todo lado que “estão de dieta”, que adotaram um estilo de vida mais light e o quanto elas estão perdendo peso. Se a pessoa comentasse uma vez tudo bem, mas no geral este vira o do momento, o favorito a ser discutido ( e eu não suporto ). No entanto, isso tudo é até suportável. Vivemos em um país democrático e todos possuem o direito de adotar o estilo de vida que bem entenderem, assim como liberdade de expressão para encher a minha paciência falando de dietas para expressar suas idéias e credos.
Não obstante os atos de masoquismo, a criatura recém-entrada no mundo faquir ( assim me chama meu pai, não que eu faça dieta ) possui o hábito de tentar angariar novos adeptos ao estilo de vida, feito aqueles religiosos chatos que ficam lendo a Bíblia na praça ou dentro do transporte público. Aí começam a dizer que você deveria ir ao nutricionista, que você está gordo e que tem que cuidar da saúde antes que seja tarde. Isto me faz crer que os nutricionistas possuem um método de marketing semelhante ao utilizado naquelas escolas onde ao indicar um colega, se ganha um desconto na mensalidade. Os seres dietéticos adotam a velha postura: “não basta ser light, temos que transformar o mundo num lugar diet”. Ou seja, se eu não posso comer picanha com aquela capinha de gordura, ninguém pode!

Nessas horas só há uma única atitude a ser tomada: rogar a Deus para que nos livre da dieta e proteja o churrasco e a lasanha. E ah, que nada disto me engorde nunca. Jamais. Amém!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Sorriso do Gato Cheshire.


Sou meio retardada no quesito sonhos: sempre demoro ao desembarcar. Há certas coisas que sonho que me parecem tão real ao ponto de passar dois, três dias, uma semana e eu ainda lembrar. Sonhei quando pequena que ajudava uma menina perdida, mas que eu sabia que ela estava morta. Confuso, não? No sonho, ela me passava seu nome, seus dados, seu endereço...mas não me recordo de nada. Contudo, deste sonho jamais esqueci. Lembro-me de seu semblante, que se chamava Mariana, e que passou inclusive seu telefone. Raiva tive ao acordar, depois de um sonho tão louco como este, e não lembrar de porcaria nenhuma.
E mesmo mesmo após acordada ainda pareço estar em outro tempo, em outra realidade. Talvez por este motivo eu acredite em bem mais que seis coisas impossíveis antes do café da manhã (que certamente não são lagartas azuis nem coelhos elegantes). Não, não, não. Acreditava que, por exemplo, não haveria ninguém que pudesse recriar o universo psicodélico de Lewis Carroll no cinema atual, e suas infinitas possibilidades, além de Tim Burton.
Ledo engano: minha credulidade encontrou uma produção muito estética e pouco consistente – quase gratuita. Por isso não estranhei quando, ao final de uma jornada sem clímax e sem propósito, recebi como recompensa um constrangedor passo maluco. Acho que, ingenuamente, esperava algo mais sombrio, menos infantil, mais Tim Burton. Melhor continuar com os livros e a adaptação clássica.
Bom, para não apenas criticar, posso mencionar os belos figurinos, cenários, e a ótima interpretação de Jhonny Depp, ainda que seu papel lhe exigisse muito como “O Chapeleiro Louco”.
Minha parte criancinha ficou muito feliz em assistir.

Cortem-lhe a cabeça!

Pensando em não pensar.

Faz um tempo que li algo sobre velocidade.
Neste texto, alguém dizia que se você está muito rápido os pensamentos fogem de você. Corra o máximo que conseguir e se seus pulmões não explodirem você notará que só não pensa. Aliás, não notará.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sempre que vou deitar, já tarde da noite, costumo tomar um copo d’água. No caminho para a cozinha, refletia sobre minha vida, conquistas e metas futuras.

Talvez exista uma verdade absoluta. Quem sabe sejamos todos? Talvez exijamos demais que alguém nos compreenda, quando estamos aqui por algo maior, e que não necessariamente se deve explicar. A questão é que sempre quero estar um passo à frente de tudo; todavia, as coisas nem sempre podem ser assim. Fico imaginando o que virá depois, e depois, e depois. Mas, e depois?

Nossas impressões e experiências pertencem somente a nós mesmos, e por mais que compartilhemos algumas vivências com certas pessoas, sem dúvida alguma essas pessoas vivenciaram a mesma experiência por uma ótica diferente.

Por mais que eu tente descrever o pôr-do-sol mais belo de minha vida, você nunca o verá. Por mais que (suponhamos) as máquinas fotográficas ou filmadoras conseguissem copiar com exatidão todas aquelas cores e nuances das mudanças de coloração decorrentes do nascer do Sol, talvez jamais sejam capazes de registrar a sensação do vento a bater em minha face naquele instante, ou cheiro suave da brisa da manhã que eu sentia naquele momento e, principalmente, nunca conseguiria registrar e transmitir o prazer que senti ao observar aquele crepúsculo. Por esse motivo, há sempre algo nesses fins de tarde que são somente seus e de mais ninguém.

O mesmo ocorre em nossas vivências... talvez por isso sejamos sós. Mas não estamos a sós...Em miúdos: ninguém é capaz de captar nossos sentimentos, pensamentos, angústias e aflições, todo o mar de sensações internas que se passam no nosso espírito e que ainda que assim desejássemos, talvez não nos fosse possível transmitir a outrem esta profusão de sensações associadas às menores experiências do nosso cotidiano. Porém, estamos juntos. Isso é o belo da vida!

Essa troca de afetos, sensações, experiências, toda essa relação humana. Não sabemos qual o maior objetivo do outro. Estamos em busca dos nossos. No fundo, todos estamos aqui lutando não pela nação, não pela coletividade, mas por nós mesmos. Pela nossa alma, pela nossa existência, pelo nosso aprendizado enquanto espírito.

Pessoas cruzam nosso caminho, e acredito eu que não seja por acaso. O Universo está interligado. Há uma força que fez com que meu pai fosse “meu pai”. Uma força que fez eu conhecer as amizades que cultivo. Uma força que me levou a cruzar o caminho de outro ser, que segue comigo a 15 meses. Juntos, crescemos. Juntos, amadurecemos.

Este “juntos”, contudo, lê-se dentro do contexto anterior. Ele me faz crescer. Muito aprendi sobre a vida. Creio que comigo ele também aprendeu. E esta é a caminhada para a vida... Relações assim nos impulsionam para o melhor, para mudar, para o BEM.

A verdade absoluta ninguém sabe. Talvez nunca saberemos. Talvez apenas uns sabem. É hora de ACORDAR.

E a água então desceu por minha garganta. "Boa noite, pai". "Boa noite, mãe." "Boa noite Gabriel." "Boa noite, Lili." Até amanhã...


“eu não quero mais dormir

De olhos abertos me esquenta o Sol”
- Nando Reis

terça-feira, 18 de maio de 2010



Envoltas em doces mistérios, palavras e belos finais iniciavam-se sempre com era uma vez as histórias que me contavam na infância.

as mesmas mãos que me tocaram enquanto adormecida agora desfolhavam no meu conforto da sucção do dedo em meio ao sossego e silenciar da noite sob o manto da cama.

o despertar da forma como histórias de fadas se amarravam e se relacionavam libertava em mim encantos sentidos e prantos de quem conhece a perda trôpega e cria asas de súplica à memória marcas dos abraços de parentes daqueles braços e a suplica à memória traços tules formando belos tecidos que então me tocaram e cobriram com todo o amor depois todo o corpo feito colo até se abrir o ventre sobre o manto da cama esquecido primeiro o pranto depois o espanto de quem arde por dentro e faz o tempo passar, lançando chamas deixa crescer as garras sob mãos adormecidas em leitos suaves mornos abraços apenas daqueles braços.

Desse ventre foi gerado braços como estes e destes braços surge meu conforto. Mas o envolvente calor foi levado contigo, numa brisa suave, doce como suas palavras banhadas por afeto.



Uma homenagem para a saudosa Vovó Margarida.

Franz Kafka


"Como é que, durante todos esses anos,
ninguém mais, senão eu, pediu para entrar?".
O guarda da porta, apercebendo-se de que o homem estava no fim,
grita-lhe ao ouvido quase inerte:
-"Aqui ninguém mais, senão tu, podia entrar,
porque só para ti era feita esta porta.


"- Porque um corvo se parece com uma escrivaninha?"
Alice queria achar resposta para a pergunta. Porém o Chapeleiro fez mais uma pergunta a ela: Você precisa achar uma resposta
Os adultos tem uma chata mania, de ter a necessidade de achar resposta para todas as perguntas com as quais se deparam. O pior, se é que é possível, é passar essa mania feia para as crianças.
Nunca existirá resposta para tudo. E quer mesmo saber? Bem melhor assim! Talvez reste uma esperança no coração de poucos, de que, um dia, as pessoas se preocuparam menos com as respostas e bem mais com formas de se perguntar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Não sou uma pessoa que valoriza coisas materiais, embora alguns digam.
Claro, isso exclui a Tv de plasma que ganhei este ano (valeu!) e o sofá que pretendemos comprar.
E um ou outro mimo, como torrar dinheiro em doces, perfume, câmeras ou coisas do tipo.
Ou ainda…

Ok, desculpem: eu valorizo as coisas materiais. É um erro, mas quem não se apega ás coisas modernas, bonitinhas, cheias de frufruzinhos e tecnologias?

Mas com livros o sofrimento é absurdamente maior.
Compro todos com o coração pungentemente dilacerado. Não que eu não goste de ler, é que procuro ler absurdos.

Fico tão feliz com um livro novo em meio ás páginas pareço mais um pinto no lixo.

Procuro dar livros a todos ao meu redor, não somente pensando na felicidade deles, mas também com uma pontinha de vontade de pegá-los emprestado para lê-los em seguida.

Por isso, se você gosta sinceramente de mim, me empreste um livro.
Ou me dê um livro para que fique em cativeiro na minha mochila enquanto leva um dos meus para passear.

Sempre adoto mais um. Eles merecem uma vida ao lado da mãe, junto aos outros irmãos.

Se quiser me presentear com algum, fique a vontade.

Só não me venha com “a menina que roubava livros”. Não tenho sacos para títulos como estes.

Paulo Coelho é o escambau. Romance e drama não é comigo. Só se for policial...Gosto de livros de suspense, que te prendem do início ao fim.
Livro de fotinhas insossas tipo “Um dia daqueles” muito menos.

Ah, antes que eu me esqueça, também não tenho saco para Biografias.

Nem modinhas como a saga de crepúsculo. Pra falar a verdade eu li e gostei, mas virou modinha e eu não tenho saco pra isso, não.

Não gosto de Harry Potter: enquadra-se também no quesito "modinhas".

Tenho azar com livros de Dan Brown. Mesmo achando-os muito bons e bem escritos, prefiro não recebê-los, nem tê-los em minha bolsa, muito menos em minha casa.

Coisas particulares...

Na verdade, este foi mais um post idiota, mas faz parte das coisas que alegram minha existência.


E você é gente fina por ter lido . Tintendo.


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Na penumbra de sua saleta fracamente decorada, em meio ao acolchoado das poltronas
escuras, Fratesvuille assistia aos filmes de caos e personalidades sinistras. Eles retratavam, de algum modo, a vida que ele, como ser, levava.

Fratesvuille nunca se divertiu tanto.
E então mergulhou em seu sorvete, branco como neve, durante sua noite de espectador.

Se dá conta, então, de que tudo o que vê é fruto da mais avançada tecnologia.
Estava envolto em seu paraíso particular.

Estendeu sua mão e, com um simples clicar, desligou seu teatro.

sábado, 8 de maio de 2010

A vida me sorri, então...

Este blog anda um pouco desatualizado.
Sem textos, sem matérias, sem ideias.

Ando muito sentimental e ao mesmo tempo reservada para escrever aqui. Portanto, só para não largas às traças, vou deixar este videozinho ...

ps: Feliz Dia das Mães!
aeaeaeaaeaeaeaeeee!